quinta-feira, 31 de julho de 2008

agora fez-se problema

não, exigirei demais de você. nem mesmo qualquer coisa. você é pequena demais para que se possa pedir algo, agora eu sei. e eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta que hoje eu me gosto muito mais*. hoje todo o meu sacrifício de uma vida INTEIRA está sendo colocado a prova.


então saí de casa, a pretexto de não voltar mais: se ficar, eu enlouqueço. eu enloquecerei em mim, depois de você, INEVITAVELMENTE. eu repito as conversas que tivemos e não encontro sequer um momento específico que justifique essa ausência. romper com um comprometimento não é apenas romper, é tornar desinteressante. eu achei que minha vantagem era ter conseguido olhar para você sem que meus olhos se fixassem. mas não, eu estava enganada. você fez com que eu me apaixonasse por você, e agora, ah, agora você quer ir embora. e você vai de um extremo a outro, de um dia para o outro, me deixando no meio, me deixando ser puxada por você e para as direções contrárias para as quais você corre. acho que não obtive respostas, nem qualquer tipo de reação: eu temo acabar em pedaços pelo seu caminho. eu apenas me desloquei rapidamente, tentando acompanhar ser ritmo. eu disse que lhe gostava também. eu quase morri de preocupação naquela noite em que você me ligou e sua voz mal saía, eu mal conseguia ouvir você, porque seus bronquios não estavam suficientemente dilatados. eu não dormi, preocupada. e acordei no dia seguinte, com você dizendo que a minha voz lhe acalmava. mas que calma, que nada. essa mentira não vale a pena.

eu queria de volta os planos que fizemos.
os dias que passaram.
proximidade: AGORA FEZ-SE PROBLEMA.

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