estou a iniciar um texto. eu me concentro: e eu sei, eu vou perder um tempo. é como se fosse ter um filho ou fosse decolar, pular de um prédio. passo a ser uma extensão de mim. tropeço, como um bêbado. trago a embriaguez comigo. sou apenas um pacote de receios. sou eu, resguardo.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
a pior noite, resumida
a pior noite. comecei a descrevê-la, ainda lembro, pelo vento que traçava uma melodia fina entre a fresta da janela e a festa que há pouco acabara. o violino fazia silêncio. dos convidados, aqueles poucos amigos que bebiam muita cerveja e as duas únicas mulheres que bebiam prosecco. dez anos sem dar presentes de natal e ainda espera que eu reconheça a voz dela? a doença dos que não reconhecem vozes - eu sei, e dos que não sentem nada. foi isso.
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és surda?
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