estou a iniciar um texto. eu me concentro: e eu sei, eu vou perder um tempo. é como se fosse ter um filho ou fosse decolar, pular de um prédio. passo a ser uma extensão de mim. tropeço, como um bêbado. trago a embriaguez comigo. sou apenas um pacote de receios. sou eu, resguardo.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
domingo
não aconteceu nada de que se tivesse certeza. as frases sobraram em cima da pia como flagelos da pouca gente que eram. e agora sim as poltronas vazias traziam de volta o olhar dele, e o silêncio dele. e o jornal sem ler, o shampoo, o café sem beber. o whisky de domingo e os programas de auditório vão esperá-lo voltar. eu sei, a gente vai passar semanas nesse domingo... eu sei.
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é... isso me dá arrepios.
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