eu tenho vontade de matá-la. tirar-lhe o couro. acabar com a raça. e então embrulhar tudo, como um presente ingrato que se aprensenta sozinho. você me colocou contra a parede, existindo e exigindo de mim a verdade que estava a me desnortear. adivinha? você me espremeu tanto, TANTO, que conseguiu o que queria. e agora? ah, agora você quer renunciar. você sequer sustenta sua própria expectativa contra-decepção. você tende a estar sempre certa, errada? não. você tende a julgar cedo. a contemplar pouco. a falar demais e sem parar. você tende a recitar intermináveis monólogos de boa conduta e de respeito enquanto separa as esfihas no armário: filho de pedreiro não come esfiha de queijo coalho. contraditório e que merda, não é mesmo?
você é quem deveria ter vergonha.
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