estou a iniciar um texto. eu me concentro: e eu sei, eu vou perder um tempo. é como se fosse ter um filho ou fosse decolar, pular de um prédio. passo a ser uma extensão de mim. tropeço, como um bêbado. trago a embriaguez comigo. sou apenas um pacote de receios. sou eu, resguardo.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
o viés da mentira | 2
não saio, nem desato a sair; porque a permissividade da bobeira de um apaixonado é o que faz entender que a vida pode acabar rápido mesmo. porque há pressa agora. então me perdoe por ter visto você antes de ter visto a mim - eu me sinto descompletar. me perdoe pelo perdão que dei a sua covardia. e me diga, ainda? ainda há um vôo descontente aqui. se você foi embora ao primeiro desagrado, logo a beira da primeira vez cuja vez já havia sido adiada tanto, me perdoe o desvario que me causa você. e para você, de olhos tão longos e cabelos tão fundos, de sorriso ilustrativo meramente colado ao rosto, eu me ponho a falar os restos. como se fosse preciso hospedar-se na narrativa de outro: você quer ter razão, ou ser feliz?
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C'est parfait.
ResponderExcluirE a última frase propõe um paradoxo.
Belo.
gosto.
ResponderExcluiro sinal tá fechado.
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