estou a iniciar um texto. eu me concentro: e eu sei, eu vou perder um tempo. é como se fosse ter um filho ou fosse decolar, pular de um prédio. passo a ser uma extensão de mim. tropeço, como um bêbado. trago a embriaguez comigo. sou apenas um pacote de receios. sou eu, resguardo.
domingo, 19 de setembro de 2010
a cabine | 4
eu não desfiz o tempo. eu jamais teria tido a coragem suficiente para isso. a mulher que havia em mim tinha as pernas bem mais finas do que as finas pernas que eu via. e se eu sentia pena? eu sentia que via seus olhos doerem. sabe aquele calor infernal de janeiro? então, tem sido assim.
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