sexta-feira, 3 de abril de 2009

o gosto do tempo e das guerras dos outros

não poderia passar por isso de novo, de novo, não poderia. queria as coisas que tinham sido ditas há muito, mas os dizeres eram os mesmos de novo. de novo, eram os mesmos. a beleza - não havia. o gosto, o jeito, o resto do corpo. as escadas, os banheiros, outra vez o chão, o corredor de beijos. a sujeira, a mão cheia de poeira fina.


tinha prometido não deitar em escadas, não fugir em banheiros, não rolar em sujeira, não cair mais. havia simplicidade na promessa, e desvario na concreta crença que se fazia nela. a paixão vai matar a programação. teria que se apresentar, mas, de novo, não se apresentou. O INIMIGO ERA EU.

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