terça-feira, 13 de janeiro de 2009

meu ensaio | 2

O MEIO ARTISTA DE MIM

desbotado de nuvem, aquele céu da primeira boa manhã do ano, agora trazia até mim toda a sua flacidez. sabe, aquele céu de tramas finas e minuciosas e que faz sombra xadrez no chão. no chão, as pessoas solteiras que sobraram, como insetos, mas já mortos de cansaço. o chão era cheio de mulher, de homem, de velho que só viveu vinte e quatro horas. e eu que abracei o mundo em um dia também? porque meu mundo ameaçava decompor a sorte? – ou a pouca sorte que tive? ele, ator, imitador, ilusionista. homem de um terço – de rezar, mas de não beber nada. então eu, cheia de mim, embriagada de mim, voltei sozinha.

Um comentário:

  1. ooi. achei seu blog numa comunidade do orkut de contos. caramba, adorei seus textos! você escreve bem, guria. (;

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