O MEIO ARTISTA DE MIM
desbotado de nuvem, aquele céu da primeira boa manhã do ano, agora trazia até mim toda a sua flacidez. sabe, aquele céu de tramas finas e minuciosas e que faz sombra xadrez no chão. no chão, as pessoas solteiras que sobraram, como insetos, mas já mortos de cansaço. o chão era cheio de mulher, de homem, de velho que só viveu vinte e quatro horas. e eu que abracei o mundo em um dia também? porque meu mundo ameaçava decompor a sorte? – ou a pouca sorte que tive? ele, ator, imitador, ilusionista. homem de um terço – de rezar, mas de não beber nada. então eu, cheia de mim, embriagada de mim, voltei sozinha.
ooi. achei seu blog numa comunidade do orkut de contos. caramba, adorei seus textos! você escreve bem, guria. (;
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