não existe a necessidade do grito. e se eu gostei? eu adorei.
eu era uma criança que tinha braços de gravetos, e pernas de cabides. e eu vi mais pessoas do que outras. na minha época, mamãe dizia, o inferno era aqui. as paredes eram feitas de caixas de uva. uma grande caixa de remendos. em cima, o som dos intervalos das músicas. não tinha silêncio por qualquer momento. as vezes demorava mais tempo para escutar do que para pensar. lá mamãe tinha um nome, aqui ela era mais uma. é o meio inevitável. tinham vários adornos - o quarto era um arquivo. daquele ano, esperaria o mínino de dignidade. sabe quando você fala, e ouve o que diz muito tempo depois? é que a mamãe era um estrondo. muito histérica, e com muita coisa no ego.
Mamãe também é um estrondo, cheia de id e de pulsões...
ResponderExcluirMas nós tb.
Aceite um café.
Muito bom esse, Noelle.
ResponderExcluir"sabe quando você fala, e ouve o que diz muito tempo depois? é que a mamãe era um estrondo. muito histérica, e com muita coisa no ego."
ResponderExcluir[O mundo tende cada vez mais a essa maternidade do ego. Verdade.] *estrondo*
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