estou a iniciar um texto. eu me concentro: e eu sei, eu vou perder um tempo. é como se fosse ter um filho ou fosse decolar, pular de um prédio. passo a ser uma extensão de mim. tropeço, como um bêbado. trago a embriaguez comigo. sou apenas um pacote de receios. sou eu, resguardo.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
à beira de uma estrada vazia, ninguem pode convencer-se
o convencimento é um anão dançante a beira de uma estrada vazia. você nunca vai conseguir provar que ele existe, porque ele só existe no momento em que você fala dele. depois ele desaparece. então você tem de voltar a falar dele amanhã, e depois, e pra sempre. e ele vai se tornando a coisa mais chata do mundo - e as coisas chatas do mundo são todas meio irreais, mentirosas. tão farsantes como o próprio anão dançante a beira da estrada vazia, tal qual o convencimento - que está morto pela própria urgência que tem de existir. as coisas só existem quando as pessoas se interessam por elas.
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Infelizmente sim =/
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