de repente, você vem com um conjunto organizado relativo a fenômenos usuais recortados em seu objeto próprio, independente de qualquer preocupação de aplicação técnica. que poesia pode haver em uma planilha?
claro que a ciência não define nada se não houver poesia para se enxergar um rosto harmônico. dos meus defeitos, ciência de estudo da transmissão é mutável como qualquer outra. a teoria da terra era de um tapete gigante e finito em que era limitado o céu nesse plano - como um prumo único das coisas. hoje, rondamos.
eu posso virar o mundo, no rosto da harmonia, na voz orquestrada que sai dos pontos de fuga. era um rosto de portas? eu vi janela nos olhos, nos olhos vi particulares traços de cor vinho até que o olho ficasse totalmente branco. eu não perdi o tempo aqui; eu perdi as palavras da ciência para a poesia - como se dissesse que era linda, ana, e que isso bastava. acontece que não basta, porque não entendo; então o meu entendimento cria o sofrimento comigo porque a minha evolução esta em sofrer. quando há homem que lhe fala de rosto na intenção da ciência cuja presença desconheço, eu não conheci seu rosto enquanto proporção matemática, mas conheci quem era quando as pequenas imperfeições lhe tomaram e eu lhe tomei o corpo em prontidão.
a vida tinha mudado aqui. a inspiração tinha me pegado trabalhando. se há geometria ou não, já não importa; se generalizo seu rosto, perco a ciência dele - a razão dele. e a razão não diz respeito ao feminino - o que é perene, eu penso. me perco quando joga sobre o corpo a intenção de deitá-lo sobre mim. se ela perde a respiração, eu entendo que há perda significativa de tempo quando trago o cigarro na verdade plena de tê-la. há muita coisa sobre a qual a minha concordância não para. eu creio na beleza enquanto interpretação vingativa do meu intelecto sobre a arte. não pertenço, mas desejo o desejo como fonte própria da existência mais simples, do querer mais rústico. da intenção de ser cama sob corpo, de ser corpo sob mulher e de ser mulher sob outra: o romance da mulher continua outro. porque ana pertence a poesia de uma sexualidade prímária e abrangente - não sob a luz da ciência, mas sob a luz da retórica falhida do homem. porque abaixo da retórica da mulher se curva o tempo entre a vida e a morte, me curvo eu: preciso de ti, de sua voz cantada baixo, do seu encanto sobre mim, do mínino absoluto. entendo o desenho que há em volta de seu rosto, dos olhos e dos mesmo lábios finos que percebi primeiro e que entendi serem enormes no instante seguinte. não perdi o rumo, mas achei o curso. eu flui, eu desci do tempo para inventá-lo eu mesma.
a ciência abstrai a beleza - porque a beleza cobre as pessoas. então eu não me digo feliz, mas sigo o sentimento de ser feliz. porque se me dissesse feliz, teria que racionalizar a felicidade - torná-la ciência de ser feliz. e não há ciência para nós. eu me cubro sobre ela com suas partes que ficaram. eu não fui, mas eu retornei da uniformidade estranha da minha dicção; na qual estava estática, parada em mim sobre nada. já não respoderia com razão a ela, porque minha razão se esvazia e meu desvario permanece. sou extremamente anti-científica. própria de mim, das minhas utopias inventadas e não de histórias criadas a luz de fígados mortos. morri de rir, e isso me bastava na graça séria de ana, na pouca perna em mim, em seu desejo de estar dentro e fora. e portanto, como se não tivesse escrito, eu a adoro.
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