quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

uma chance à essência

uma carta de mim, para você, através do poeta:


aqui está a capa das coisas minhas. você também sentiu esse vento que deixou os versos conosco? eu sou uma mulher: e tu, o que és? tudo entardesse. são pássaros estes, ou são os recados que você tem me mandado? recebi suas flores, seus ombros. seus sonhos, não os recebi. a vida é um sonho. eu estou acordada. e você, como está? são olhos de coca-cola esses seus, me disseram. e eu disse, não sei, são quais olhos esses que me veem? são olhos de ver longe ou são olhos de aproximar, para que os outros vejam detalhes? entendo, não são olhos de ver a morte, nem olhos de celebrar a vida. são olhos de ti, que viveu sob a recompensa de morrer leve - de não terminar, mas de fazer tudo. aqui está a música dos ouvidos meus. você também sentiu essa chuva coalhar a água do seu choro, como fez coagular o sangue que me deixou o corpo? esse som é familiar, esse tom, esse grito feito de música. para tudo eu retorno. você está acordada? eu ainda estou aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário