venha deitar aqui. seus ombros. latejantes feito seus olhos. descreditados olhos. e eu, incredula de mim. misturada aos montes de coisas com as quais tive que lidar, e comunicar, e dizer que eu não tinha mais nada que me ligasse a você - o que, de certa forma, nunca deixou de ser verdade. o mundo tem uma organização tão imatura, você não acha? eu não precisaria lhe dizer que ainda existia um amor reservado em mim para você, conquistado, mas que agora tinha se tornado uma pedra num fundo de sala, um sorriso sem importância. eu sentei para esperar a vida, acontece que neste meio tempo se passaram seis meses. eu não vi? eu tinha uma imagem imutavel de você, mas suas lembranças já não eram mais nada. insustentáveis. são como soldados que me perseguiram, me intimidaram. e as paredes eram todos os lugares em que eu parava para descansar. escrevi a minha história? não só a minha. as coisas podem - e devem - ser inovadoras e revolucionarias, mas elas ainda devem fazer sentir a simplicidade. não vou mais me deitar aí, falar. seus ouvidos viverão sem mim, você, sem mim também. eu, ao contrário, vou viver dormindo menos. pois que meu samba deve sair de novo. um girassol buscando um desfile colorido. sem luzes perfeitas ou eternas. luzes ao meu alcance. meus braços humanos não precisam ser tão longos. as pessoas devem ser abraçadas próximo ao corpo. no corpo, os olhos tocam o céu. mesmo que ele não seja meu. nada é meu. mas tudo está próximo a mim agora.
"as coisas podem - e devem - ser inovadoras e revolucionarias, mas elas ainda devem fazer sentir a simplicidade." A D O R E I!
ResponderExcluirMuito bom a sua proposta com o blog, voltarei sempre que puder, parabéns!!!! (: