ah, ana, que é você o par para o qual o destino me criou. ana, com seus olhos de ver primavera todos os dias, com seus dias de ver destino se formar toda hora em minha frente. ana, com seus lábios de dulçor desconhecido, mas reconhecido em mim como a única dolçura possivel em meu corpo. sabe, ana, que é em você que se formou a mulher que conheci na literatura de anos atrás. verdade, achava você impossivel - não no laço, mas nas existencia corpória. ana, cujas pernas sentaram-se próximas as minhas em um balé quase esquisito. ana, cuja dança é bem própria e cujos olhos são tão únicos. foi de ver você, ana, que deixei de ser sozinha para ser par. que deixei de ser um para tornar-me existência de alguém. porque alguém disse nas entrelinhas da leitura de um verão bem longe desse, que às vezes lhe bate a porta alguém que quer - além de entrar - sentar-se para tomar um café. foi isso que você fez. e veja, ana, agora que há uma cafeteira em minha casa - na casa em que moraremos eu e você. no telhado em que pousará o céu de amanhã, sob amparo das evidências que existem hoje. no chão em que repousaremos nós depois amar o corpo e deixar flutuar a alma em que sua integridade se deixa carregar. é, ana, será sob a luz desse dia que os objetos que concebemos aparecerão. nossos lençóis, toalhas - e mesmo que esqueça seus brincos em cima das cômodas - nossos copos usados, nossa vida inteira, nossos corpos de usar uma da outra: meu zelo de amor estará em tudo. penso, medito, e prevejo ana: sempre sua expressão está a me trazer palavras bem cuidadas. de ana, eu cuido.
Sabe quando a gente gosta do que vê? Eu gostei do que li; por isso, só me cabe as palavras para me expressar: fantástico.
ResponderExcluir