terça-feira, 22 de setembro de 2009

minimamente

às vezes a gente pensa demasiar a crença - pensa em elevar a crença pequena a um limite além do razoável. a minha vontade era encontrar uma mulher que fugisse a regra, que pulasse o muro, que inventasse o caminho e não deixasse rastros com isso. em geral, eu adotava meditas criteriosas. minimamente, eu sempre errava no cálculo. eu punha peso demais, eu excedia. eu elevava e causava êxtase. o meu encantamento era um deleite sobre as coisas que já não proporcionavam nada. por isso eu só estudava o que me dava prazer - o contentamento em relação a um objeto conhecido tende a ser ravoável. se não for, contudo, eu ainda teria as coisas - e tudo mais que existe, tudo mais que é inanimado - para experimentar. de forma real ou aparente, eu poderia ir até o fundo das coisas. ele possui poucas coisas, penso eu, mas o que ocorre em seguida é que isso também não passa do curso natural das coisas. e eu tinha mesmo coisas incriveis, coisas do arco-da-velha. eu morria de velha. e a gente era toda a humanidade que teme a morte. a gente, toda a gente: as coisas que falam.

Um comentário:

  1. *_______*
    estou pasmo! Que bela filosofia!
    adorei o modo como escreve... e descreve as coisas. Tens um modo muito bonito de escrever, muito difícil encontrar isto atualmente.
    Utiliza-se de palavras descartadas do vocabulário jovem atual... E isto é muito raro. Parabéns! Acompanho desde já seu blog... Grande abraço

    Carlos William

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