os mosquitos.
todas as mulheres do mundo suspiravam o nome dela. diabos, alguém lhe traga água, não conseguem ver que ela está sendo queimada viva? ela está praticamente engolida pelos malditos mosquitos. malditos! malditos mosquitos. ana Laura se importa, ela se importa se sabrina está doente. se sabrina arde em febre, se toma remédio para dormir: se sabrina morre, ela se importa porque odeia vê-la com dor. é que na dor existe uma coisa mágica (mais um mosquito esmagado). é um tapa seco sobre o chão que se propaga. há o silêncio, e ao mesmo tempo tem-se nada. há dias não escrevia. estava curada do vicio? então fumava. e a fumaça substituía lentamente as palavras que lhe faltavam nos textos. uma a uma desviavam na sua frente, desinteressavam-se no ar, e no ar prendiam-se ao pensamento de ana laura: tudo aquilo não era pouco. ela era uma personagem (...) ;
a maquiagem, a cor do cabelo. o jeito de uma boneca, a imposição de uma mulher. eu sei, eu conheço, marcela também tinha sido assim. acontece que marcela não tinha tanta inscrição no corpo. ela era uma personagem. todo mundo tinha que ser.
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