afinal, onde construímos os nossos palácios?
gostaria muito de lhe devolver com clareza o anseio que você me proporcionou. gostaria de me postar a sua frente em resposta, em solução mágica. mas acho que construímos nossos palácios, como você me ensinou, em nós mesmos. primeiro em nós mesmos e depois, inevitavelmente, sobre as envergaduras de todo tipo - quer de dor, quer de saudade.
ah, como tantas vezes pode ser áspero nosso desejo de fé, de concórdia... de paz! e pensamos que antes nossa terra fosse seca e não desse nada, ao menos não a tomariam de nós, não é mesmo? mas você, em suas verdades e mais atenuado espírito de auto-critica, ministrou uma vida focada na congruência e no encontro. te encontrei, me encontrou, te tratei, me trataste como força, como laço. e nos nós de nossas entranhas até mesmo os intestinos delegaram ora vômitos, ora a mais plena sensação de saciedade.
só o tempo trará a mim o instante real do repouso e creio que a você também. muito embora busquemos acelerar o momento do sofrimento e puxar o elástico das sensações de prazer. o tempo cai bem ao inteligente, e digo isso a você com uma certeza que passeia por pouquissimos campos de minhas convicções.
sei que seguiremos mais limpas e asseadas, a cada dia que passa, como um cavalo garboso em sítio terno onde verdejam os campos. o galanteio é difícil a quem vive sob a eterna penalidade de si mesmo, ainda que tendamos para o desajuste cômico das manobras ousadas cujas nossas asas ainda respiram, tão frescas, os viços da juventude.
somos tímidos reagentes. acontece que no cerne desta transformação específica, sei que nos humanizaremos e nos identificaremos concretamente frente aos ataques da matilha. e que assim seremos também.
fique.
com fé,
N.
somos tímidos reagentes. acontece que no cerne desta transformação específica, sei que nos humanizaremos e nos identificaremos concretamente frente aos ataques da matilha. e que assim seremos também.
fique.
com fé,
N.