pois que há de ser com ana meu casamento, minha vida, toda minha confissão. pois que há de ser com ela que minha confiança existe, que minha força aparece e que nossa transparência se funde. casei com ana, no instante em que houve beijo nosso e eu - mesmo sem saber o porque - soube que não haveria compreensão de outros lábios senão os dela para mim. sei que houve o mesmo, tão inexplicavel acontecimento, em seu sentimento. hoje, há uma gestação entre nós, dois abismos, uma fila quilométrica de confissões e eu ainda posso contempla-la da mesma forma de antes ou da primeira vez, pois que meus olhos ainda tem a ambição de viverem ao seu lado. e foi de tanto não dormir proximo de teu corpo, apenas a companhia de sua respiração, que minha vontade de casar-se projetou-se ainda mais. porque é hoje que a vejo com clareza, com certas palavras que outora a fizeram feliz, mas que agora, talvez a façam enxergar a verdadeira compreensão por trás delas. ainda vejo seus olhos frazirem, acredite. ainda vejo seu corpo me olhar, suas mãos me trazem, sua saudade. eis que as palavras não serão jamais suficientes a quem tem a urgência de calor - e calor não se pode dizer. e até onde poderiam medir seus braços, ana, para entender que mesmo a dureza de minha razão é um pedido de emoção pura? tenho sido dura... tenho estado fria. é que faz muito frio aqui, neste lugar de passar tantos dias. queria que teu abrigo fosse de muito aconchego. sei, fizemos guerra. mas vamos tornar a fazer arte? eu te amo.
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